A genialidade do cinema Coreano é muito bem representada por Ki-duk Kim, diretor e roteirista deste premiado longa metragem.
Sobre um fantástico templo flutuante, que proporciona cenas que são verdadeiras obras de arte com fotografias inesquecíveis, um jovem é educado por um monge de forma rigorosa.
Com um contato estreito com a natureza, o mestre ensina ao pupilo a importância de respeita-lá, o punindo quando maltrata animais pequenos, forjando um ser humano sensível ao meio, o que o faz buscar uma vida em harmonia, totalmente inserido na natureza.
Com um contato estreito com a natureza, o mestre ensina ao pupilo a importância de respeita-lá, o punindo quando maltrata animais pequenos, forjando um ser humano sensível ao meio, o que o faz buscar uma vida em harmonia, totalmente inserido na natureza.
Esta conexão com a natureza é traduzida, atribuindo a cada estação do ano uma fase da vida do jovem no decorrer de sua vida.
A harmonia no templo parecia ter uma força inabalável, até que na fase adulta, a chegada de uma jovem urbana, procurando a cura para suas doenças sociais, proporciona ao pupilo o despertar sexual e junto com ele paixões, ciúmes, obsessão em detrimento dos anos de ensinamentos do mestre.
A harmonia no templo parecia ter uma força inabalável, até que na fase adulta, a chegada de uma jovem urbana, procurando a cura para suas doenças sociais, proporciona ao pupilo o despertar sexual e junto com ele paixões, ciúmes, obsessão em detrimento dos anos de ensinamentos do mestre.
O contato com as doenças sociais do mundo cotidiano, o faz entrar em colapso e leva o telespectador a perceber o quanto os valores da sociedade estão longe da harmonia e respeito ao ser humano e à natureza.
O quanto somos corrompidos por sentimentos mesquinhos, em que relacionamento humano e o sexo fazem parte de um jogo de poder e manipulação autofágico, que nos leva à subjugar o outro sem nenhum objetivo, apenas pelo prazer do sentimento de indiferença e da ilusão de se sentir inabalável.
A falta de sensibilidade coletiva, faz com que as pessoas procurem banalizar as relações humanas e a natureza, não dando importância nem mesmo para si mesmas.
Essa realidade traz uma visão pessimista, mesmo diante de um cenário maravilhoso que contrasta com a angustia e o desespero de um ser humano, que se vê em conflito entre a pureza de sua criação e a triste realidade das relações humanas.
Essa realidade traz uma visão pessimista, mesmo diante de um cenário maravilhoso que contrasta com a angustia e o desespero de um ser humano, que se vê em conflito entre a pureza de sua criação e a triste realidade das relações humanas.
É um filme sutil e devastador, assim como Oldboy.