terça-feira, 22 de junho de 2010

Bom Yeoreum Gaeul Gyeoul Geurigo Bom

A genialidade do cinema Coreano é muito bem representada por Ki-duk Kim, diretor e roteirista deste premiado longa metragem.

Sobre um fantástico templo flutuante, que proporciona cenas que são verdadeiras obras de arte com fotografias inesquecíveis, um jovem é educado por um monge de forma rigorosa.

Com um contato estreito com a natureza, o mestre ensina ao pupilo a importância de respeita-lá, o punindo quando maltrata animais pequenos, forjando um ser humano sensível ao meio, o que o faz buscar uma vida em harmonia, totalmente inserido na natureza.


Esta conexão com a natureza é traduzida, atribuindo a cada estação do ano uma fase da vida do jovem no decorrer de sua vida.

A harmonia no templo parecia ter uma força inabalável, até que na fase adulta, a chegada de uma jovem urbana, procurando a cura para suas doenças sociais, proporciona ao pupilo o despertar sexual e junto com ele paixões, ciúmes, obsessão em detrimento dos anos de ensinamentos do mestre.

O contato com as doenças sociais do mundo cotidiano, o faz entrar em colapso e leva o telespectador a perceber o quanto os valores da sociedade estão longe da harmonia e respeito ao ser humano e à natureza.

O quanto somos corrompidos por sentimentos mesquinhos, em que relacionamento humano e o sexo fazem parte de um jogo de poder e manipulação autofágico, que nos leva à subjugar o outro sem nenhum objetivo, apenas pelo prazer do sentimento de indiferença e da ilusão de se sentir inabalável.

A falta de sensibilidade coletiva, faz com que as pessoas procurem banalizar as relações humanas e a natureza, não dando importância nem mesmo para si mesmas.

Essa realidade traz uma visão pessimista, mesmo diante de um cenário maravilhoso que contrasta com a angustia e o desespero de um ser humano, que se vê em conflito entre a pureza de sua criação e a triste realidade das relações humanas.

É um filme sutil e devastador, assim como Oldboy.

Rock Rock Rock

Qualquer lugar, qualquer pessoa, duas guitarras, um baixo e uma bateria, pode parar que deve rolar um Rock 'n Roll.

Esse gênero musical, surgiu no final da década de quarenta nos Estados Unidos com a combinação de gêneros musicais, principalmente gêneros afro-americanos, como o gospel americano, a folk music, blues e jazzpara revolucionar o mundo e a música. A batida é essencialmente um blues boogie-woogie, com um contratempo acentuado, este último quase fornecido por uma caixa clara.



Muito mais que um gênero musical, o Rock 'n Roll já começa a ser polêmico pelo termo, pois sua origem é na fusão de músicas africanas, blues e jazz, gospel, country, nos Estados Unidos, um pais puritano e racista . Ainda com uma conotação sexual, que pode ser interpretada como sacudir, incitar e rolar.

Apesar do estilo ter se sedimentado na década de quarenta, verifica-se que no século XIX em Manhattan já existiam fusões de ritimo africano com melodias européias.

Antes do Rock, os gêneros musicais eram classificados por raça, nacionalidade, localização, estilo, instrumentação, técnicas vocais, e mesmo de religião. Entretanto, no fim dos anos 40, o Rock surgiu e sacudiu o mundo se tornando um gênero inclassificável.

Embora inicialmente classificado como um gênero afro-americano, tendo como pioneiros Louis Jordan, The Mills Brothers e The Ink Spots, rápidamente foi incorporado pelos brancos como Elvis Presley, Frankie Avalon e Ricky Nelson e se tornou o gênero mais difundido entre os jovens independente de raça, situação econômica, religião ou região e ainda com desdobramentos não só musicais, mas como estilo de vida, moda, atitude, linguagem e convicções.

Com viagem de artistas de blues americano à Grã-Bretanha, o rock se desenvolveu na Inglaterra na década de 50, algumas caracteristicas foram aduzidas para forjar o Rock Britânico, o baixo elétrico e a guitarra base, são instrumentos marcantes e proporcionaram a Invasão Britanica nos EUA, com o sugimentos de Bandas como The Shadows, The Querrymen, mais tarde conhecida como The Beatles, posteriormente, The Rolling Stones, The Yardbirds, The Animals, Them, etc.

No decorrer do tempo, o Rock passou a abrigar diversos sub-gêneros e está cada vez mais difícil definir o que é Rock, acid rock · Geek rock · art rock · beat · blues-rock · Cena Canterbury · country rock · folk rock · funk rock · glam rock · hard rock · heavy metal · Invasão Britânica · jam bands · j-rock · Jovem Guarda · krautrock · New Rave · New Weird America · piano rock · pop rock · power pop · pub rock · punk rock · rap rock · rockabilly · rock alternativo · rock and roll · rock cristão · rock de garagem · Rock in Opposition · rock instrumental · rock progressivo · rock psicodélico · rock sinfônico · samba rock · synthpop · soft rock · southern rock · space rock · surf rock · stoner rock · trip rock · visual kei, são alguns dos sub-gêneros mais conhecidos, mas é impossível dizer que são apenas estes.

Pode-se dizer que o Rock está muito mais ligado à atitude do que a música em si, pois há bandas que se intitulam de Rock, mas as atitudes não tem nenhum compromisso com os padrões estético-comportamentais que o Rock sugere.

Por outro lado, há sons inclassificáveis, que tem a verve do Rock em sua atitude, pois suas aparições sacodem, incitam, revolucionam, reacendem a contracultura, contestam a ordem e os valores da sociedade ou, simplesmente, falam de amor, questões existenciais, melancólicas, que todo mundo passa, ou deveria, da adolescencia até a fase adulta.

O verdadeiro Rock traz consigo o idealismo, a juventude, a vontade de mudar o mundo e a cada rif pode se identificar o quanto é verdadeiro esse sentimento que nunca deve morrer dentro de nós.